naia alban
casas irmãs III
família complexa
A Família Complexa, ao contrário das anteriores, não foi uma aproximação formal, mas uma contaminação através de buscas tecnológicas capazes de responder às provocações feitas pelos clientes. A Casa Risco buscava transformar-se na afirmação de Oscar Niemeyer, memorizada pelo cliente: “Arquitetura é como um risco no ar”.
Nesse sentido, o projeto arquitetônico se aproximou do estrutural no momento da concepção e a caixa residência recebia uma doble capa. Ao seu fechamento propriamente dito, se somava uma pele – paredes flutuavam – e, no vazio, se fazia risco. Esta tecnologia e solução estrutural também guiou o projeto da Casa Geométrica, que, diferente da Risco, flutuava de forma etérea e se consolidava na cor de seus fechamentos.
Já a Casa Dois Mundos, composto por dois volumes: um sólido, pesado, protetor (inclusive do poente), e um segundo que flutua... Entre eles, a conexão possível é uma passarela curva que os aproxima. A Casa PP, com sua materialidade herdada – sete troncos de madeira, de seção 30X30 cm, com sete metros de comprimento – era o detonador do projeto compacto, que deveria contemplar uma grande garagem onde se guardaria um barco. A Casa Fusão, uma provocação feita pelo cliente. Uma opção para pensar o projeto a partir de uma escultura natural, recuperada na natureza, onde uma rocha flutua sustentada pelas raízes de uma árvore.