naia alban
cuca
(2004)
Participaram pelo SETE43: Moacyr Gramacho (coordenador), Naia Alban, Sergio Alencar, Yoanny Calvo, Juarez Gomes, Cintia Rosa, João Lucio Boni, Reinaldo Cezimbra, Michele Medeiros, Diego Vasconcellos e Carolina Tanajura.
Apoio: Emanuel dos Santos.
Convidados: Engenheiro Juarez Gomes e Arquiteto Márcio Campos.
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE IDEIAS PARA A CONSTRUÇÃO DO PRIMEIRO CENTRO URBANO DE CULTURA,
ARTE, CIÊNCIA E ESPORTE DE FORTALEZA – CUCA FORTALEZA.
Promotores: Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF, Universidade Federal do Ceará – UFC , Conselho Regional de Arquitetura, Engenharia e Agronomia do Ceará – CREA/CE, e Instituto de Arquitetos do Brasil, IAB/Ce. Janeiro/2006.
MEMORIAL
“Antes da preocupação programática, pensamos que o CUCA, mais do que se constituir como um edifício ícone do desenho contemporâneo, deveria recriar uma geografia capaz de potencializar o percurso dos ventos dominantes, fazendo-os penetrar em todo o corpo dessa geografia, gerando sombras, garantindo ao Espaço CUCA o conforto térmico adequado.
O antigo Clube de Regatas, caixa emblemática que se localiza perpendicularmente ao fluxo dos ventos alísios SE, possibilita potencializar sua permeabilidade, e reforçar sua horizontalidade. Assim, transformamos a caixa em uma proposta cartesiana de ângulos retos, flutuando sobre uma superfície.
A geografia pretendida deverá estruturar, ao mesmo tempo, um campo de batalha monumental, radical e surpreendente, capaz de atender à dimensão do drama humano que se desenvolve em seu entorno. As cascas captadoras de ventos serão transformadas em arena de combate da guerra urbana.
Com este raciocínio, intuímos uma equação para a forma. Existe uma caixa e uma superfície, e, sobre essa, uma praça – local de tolerância dos diversos guetos urbanos através da prática dos esportes radicais.
Dado o desafio proposto – CONSTRUIR, MAIS DO QUE UM EDÍFICIO, UMA GEOGRAFIA RESULTANTE DE PROCESSOS – transferimos este raciocínio para a geração do primeiro croqui, optando em buscar a matriz das formas na matemática insondável da música do acaso.”